Porque
-
Quando usado com sentido de uma vez que, pois, já que, como, porquanto, visto que e por essas expressões puder ser substituído, funciona como conjunção causal, e deve ser grafado “porque”.
O
réu foi condenado, porque o crime foi plenamente comprovado.
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-
Também será grafado “porque” nas frases declarativas e em respostas, quando não for possível subtender a palavra “motivo”.
Por
quê? Porque simplesmente assim o desejei.
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Atenção!
“Porquê” ocorre quando tem valor de substantivo, normalmente
precedido por artigo. Assim, temos:
Ele
não sabe o porquê de tanta confusão.
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Por
que
- Com sentido interrogativo.
Por
que tantas mentes sedentas pelo saber?
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- Como pronome relativo que pode ser substituído por pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais.
Desconheço
a razão por que não foste delicado com aquela pessoa.
O
reclamado não reconhece por que foi condenado.
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Observe
que a palavra “motivo” está subentendida na segunda frase, isto
é, o reclamado não reconhece o motivo pelo qual foi condenado.
Em
casos como esse, o registro será “por que” separado.
Atenção!
“Por quê” ocorre em fim de frase, por razões de tonicidade.
Assim, temos:
O
réu foi condenado por quê?
Teve
que sair, mas não me disse por quê.
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Atenção
redobrada!!! Apesar de toda essa explicação, plenamente válida
segundo o
nosso padrão ortográfico, lá pelas bandas do Tejo as coisas
não são bem assim. Em Portugal, pode-se perguntar com “porque”
junto. Por isso, quando encontrar pergunta iniciada pelo espantoso
“porque”, antes de julgar o dedicado redator, verifique se não
se trata de uma edição lusitana, representativa do português
europeu. Aqui por nossas bandas esse uso permanece condenável. São
nossas saborosas diferenças construídas ao longo da história.
Parafraseando
o poeta Petrarca: navegar é preciso, escrever não é preciso.
Até
a próxima!
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