quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Plural, siglas e abreviaturas

Toda semana essa coluna traz algum tópico de língua portuguesa, não raro há um “Atenção! apontando para diferentes posicionamentos de gramáticos, visões polêmicas ou diferenças entre o Brasil e demais países lusófonos, em especial nossa mãe Portugal.

Não desanimem, isso não é de todo ruim. Podemos afirmar que pode ser efeito da riqueza de nosso idioma. Afinal, um pouco de conflito conduz à reflexão e ao desenvolvimento.

Então, para não fugir à regra, hoje trataremos de um assunto que também desfruta de certa porção de polêmica: plural de siglas e abreviaturas.

Abreviaturas de formas de tratamento

Formas de tratamento são históricas e obedecem a convenções. Não se trata de uma questão de gramática, apenas de uniformidade no uso. Assim, temos:

Tratamento
Singular
Plural
Excelentíssimo ou Excelentíssima
Ex.mo ou Ex.ma/Exmo ou Exma

Exclência
Ex.a

Senhor, Senhora
Sr. e Sr.a
Sres./Sr.es e Sr.as/Sr.as
Vossa Excelência
V. Ex.ª/V.Ex.a
V.Ex.as/V.Ex.as (Brasil) ou VV. Ex.as (Portugal)
Vossa Majestade
V.M
VV.MM
Vossa Senhoria
V. S.a
V. S.as(BR) ou VV. S.as (PT)

Siglas

Em Portugal, pluralizar siglas não é recomendado. Por aqui, temos percebido a tendência à pluralização (PM – PMs; CD – CDs; RA – Ras), provavelmente nascida da necessidade de redatores e leitores. É fato que muitos manuais, entre eles o Manual de Padronização de Atos Administrativos do TRT3 e o Manual de Comunicação Social do Senado, já recomendam o uso do plural.

Para pluralizar uma sigla, basta acrescentar o -s. Nada de usar apóstrofo (RA’s). Isso não vale.

No Brasil o plural de siglas já está consolidado, o que não quer dizer que você esteja obrigado fazer a flexão. Assim, é muito possível escrever

As RA foram publicadas.

Ou

As RAs foram publicadas.

Questão de gosto.

Até a próxima!






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