Toda
semana essa coluna traz algum tópico de língua portuguesa, não
raro há um “Atenção!”
apontando para diferentes posicionamentos de gramáticos, visões
polêmicas ou diferenças entre o Brasil e demais países lusófonos,
em especial nossa mãe Portugal.
Não
desanimem, isso não é de todo ruim. Podemos afirmar que pode ser
efeito da riqueza de nosso idioma. Afinal, um pouco de conflito
conduz à reflexão e ao desenvolvimento.
Então,
para não fugir à regra, hoje trataremos de um assunto que também
desfruta de certa porção de polêmica: plural de siglas e
abreviaturas.
Abreviaturas
de formas de tratamento
Formas
de tratamento são históricas e obedecem a convenções. Não se
trata de uma questão de gramática, apenas de uniformidade no uso.
Assim, temos:
Tratamento
|
Singular
|
Plural
|
Excelentíssimo
ou Excelentíssima
|
Ex.mo ou
Ex.ma/Exmo ou Exma
|
|
Exclência
|
Ex.a
|
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Senhor, Senhora
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Sr. e Sr.a
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Sres./Sr.es e
Sr.as/Sr.as
|
Vossa Excelência
|
V. Ex.ª/V.Ex.a
|
V.Ex.as/V.Ex.as
(Brasil) ou VV. Ex.as (Portugal)
|
Vossa Majestade
|
V.M
|
VV.MM
|
Vossa Senhoria
|
V. S.a
|
V. S.as(BR)
ou VV. S.as (PT)
|
Siglas
Em
Portugal, pluralizar siglas não é recomendado. Por aqui, temos
percebido a tendência à pluralização (PM – PMs; CD – CDs; RA
– Ras), provavelmente nascida da necessidade de redatores e
leitores. É fato que muitos manuais, entre eles o Manual de
Padronização de Atos Administrativos do TRT3 e o Manual de
Comunicação Social do Senado, já recomendam o uso do plural.
Para
pluralizar uma sigla, basta acrescentar o -s. Nada de usar
apóstrofo (RA’s). Isso não vale.
No
Brasil o plural de siglas já está consolidado, o que não quer
dizer que você esteja obrigado fazer a flexão. Assim, é muito
possível escrever
As RA foram publicadas.
Ou
As RAs foram publicadas.
Questão
de gosto.
Até
a próxima!
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