segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Como os revisores pensam ou o novo livro de Elena Ferrante


Comecei a ler o mais novo livro de Ferrante, A vida mentirosa dos adultos. Primeiro é preciso esclarecer que, embora tenha encomendado ansiosamente esse livro, ao tê-lo em mãos, retardei o início da leitura o quanto pude, o tanto suficiente para não constranger quem deu-mo (ou mo deu, como escreveriam os lusitanos mais lusitanos que eu?). Deixei-o de lado mais de uma semana, até tentei outro livro, mas... as obrigações do espírito comandam até a vida dos incrédulos...

Como não ver em Vittoria a imagem e semelhança de Augusto (alguém que poderia estar nessa história, um pouco mais ao centro, pelas bandas de Roma). O travesseiro negado contra a corcunda prometida que não tive, mas que ainda me persegue depois do banho de lado para o espelho (deveria sempre olhar-me de frente). Quem sabe a corcunda não se atrasou? Quem sabe não aguarda por mim silenciosa, traiçoeira, vaticinal (acho que essa palavra não é vernacular, devo usar itálico?)?(duas interrogações não seria sinal de insegurança?) [agora não sei se a interrogação entre os parênteses está correta ou se ela deveria vir aqui, depois dos colchetes. Mas se não houvesse a dúvida não haveria colchetes, logo a interrogação principal está no lugar certo, o resto é perfumaria...]...  

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